A intenção desta série é trazer aos leitores transcrições e imagens de papeis antigos guardados em gavetas e arquivos de nossa Pompéu.
Cartas, bilhetes, fotografias, enfim tudo do passado que chegou até a atualidade e nos conta sobre os que nos antecederam, seus pensamentos e ações.
O primeiro documento que apresento é um poema satírico, escrito provavelmente na década de 1950 por um familiar do senhor Gilberto Cordeiro Valadares (grande liderança política do antigo PSD).
O Partido Social Democrático (PSD) foi fundado em 17 de julho de 1945 e extinto pelo Ato Institucional Número Dois (AI-2), em 27 de outubro de 1965. Foi formado sob os auspícios de Getúlio Vargas, de caráter centrista, reunindo antigos interventores do governo federal nos estados, como Benedito Valadares em Minas Gerais, Fernando de Sousa Costa de São Paulo, Almirante Ernâni do Amaral Peixoto do Rio de Janeiro, seu irmão Augusto, no então Distrito Federal, depois Guanabara e Agamenon Magalhães de Pernambuco. Entre 1945 e 1964, junto com o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), formava o bloco pró-getulista da política brasileira, em oposição à União Democrática Nacional (UDN), antigetulista. Durante sua existência, foi o partido majoritário na Câmara dos Deputados e no Senado, tendo eleito dois presidentes da República: Eurico Gaspar Dutra, em 1945, e Juscelino Kubitschek de Oliveira, em 1955. No parlamentarismo, teve dois presidentes do conselho de ministros de sua legenda, Tancredo Neves e Brochado da Rocha.
Após a extinção do PSD, seus membros se dividiram: uns foram para o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), único partido de oposição ao Regime Militar permitido após a instituição do bipartidarismo com o AI-2; e outros ingressaram na Aliança Renovadora Nacional (Arena), o partido que apoiava o regime instalado em 1964; em ambas as legendas, os ex-pessedistas se organizavam como alas à parte, em sublegendas.
Posteriormente, dois outros partidos foram criados com o mesmo nome: o Partido Social Democrático (1987) e o Partido Social Democrático (2011).
Quem tiver interesse em nos enviar algum documento ou fotografia, só entrar em contato pelo email hugo@pompeumg.com.br.
Pé Quebrado
Autor desconhecido
1º
Vou agora apresentar-lhes
Vereadores e prefeitos
Faz pezar
a muita gente
Não serem todos eleitos
2º
O nosso “Seu” Antoninho
Sempre forte e animado
Pois no tempo do Gonçalvismo
Ele já era votado
3º
O Fábio e o Levi
Um contraste nas eleições
O Levi guardando títulos
O Fábio quer votação
4º
O Bola e o Zé Felix
Fazendeiros de verdade
O Bola será eleito
E o outro não tem idade
5º
Vem também o Lafaiete
Fazendeiro da Saudade
Com êle o Inácio Diogo
Um dos médicos da cidade
6º
Dois ilustres candidatos
Que esperam mesmo a vitória
O Omar a fazer discursos
E o Samuel ouvindo a história
7º
O Benedito está confiante
Que será muito votado
É pena ser tão pequeno
E tão cedo derrotado
8º
O grande Joaquim Lacerda
Quer ser um vereador
Vai disputar o Nassil
Que também traz eleitor
9º
Ainda o Joaquim Afonso
Não será muito votado
Está com o José Cordeiro
Que já é um derrotado
10º
Lá pras bandas do Diamante
Não precisa de feitores
Pra eleger Omar Lobato
Ele tem seus eleitores
11º
Na verdade Dr. Osvaldo
Deve ser muito votado
Pois um grande “Liliquista”
Não pode ser derrotado!
12º
Dos lados do Marruás
É uma grande votação
Apareceu lá o Caçula
Pra ganhar a eleição
13º
O Fernandinho de longe
Virou o Francisco Oscar
Agora está lá quietinho
E nele não vem votar
14º
Coitado do nosso Chico
Depois de estar tão branquinho
Sofrer grande derrota
Por causa do Fernandinho!
15º
Dois nomes para prefeito
Um velho, mas, devotado
Serve a grande freguesia
Não pode ser derrotado
16º
O outro moço e bonito...
Robusto, formado, até
Como há de se eleger
Se falta um pouco de fé?...
17º
O Lilico será eleito
Porque benefícios fez
O Vêu muito novo ainda
Ficará para outra vez
18º
O Olivério não se importa
Pois acaba de ser prefeito
Em seu lugar fica o Quito
Porque não tem outro geito...
19º
Pompeano, votem todos
Com a ala Liliquista,
Nela estarão bons amigos
E a família Gilbertista
Álbum de fotos
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