Nesta manhã, membros do Conselho
Municipal do Patrimônio Cultural, Artístico e Histórico de Pompéu fizeram
visita técnica ao cemitério do Pompéu Velho, campo sagrado que surgiu entorno
da Capela da Fazenda de Dona Joaquina do Pompéu já no final do século XVIII.
No final do ano de 2020 o muro
lateral, construído nas décadas de 1940/1950 desmoronou e devido a fechamento
do ano fiscal, não foi possível investimento com recursos do Fundo Municipal do
Patrimônio Cultural (FUMPAC) que fez agora a doação de 32 (trinta e dois sacos
de cimento).
A reconstrução do muro está sendo
coordenada por membros da comunidade local
Tendo em vista a grande importância
histórica do local para a memória coletiva não só local, mas para Minas Gerais,
o Instituto Histórico e Geográfico de Pompéu e o Conselho Municipal do
Patrimônio Cultural, Artístico e Histórico de Pompéu apresentarão um projeto de
revitalização deste cemitério e também o “dos Escravos”, construído há cerca de
um km de distância deste.
As duas instituições contarão, além
de recursos públicos, com a boa vontade da comunidade pompeana e de descendentes
de Dona Joaquina do Pompéu e Capitão Inácio de Oliveira Campos.
Aproveito o ensejo para parabenizar aqui o valoroso senhor Geraldo e demais membros da comunidade local pela preocupação e manutenção do espaço.
Notas históricas sobre o local
A Capela e o Cemitério
Dentro da fazenda descrita existia uma
capela onde eram celebrados ofícios religiosos. Consta que ali residia, ao
tempo de Dona Joaquina do Pompéu, um padre, o Padre Galvão. Sobre esse, devemos
esclarecer a confusão com o padre Manoel Serrão de Oliveira, que realmente
viveu em Pitangui, mas, pelo ano de 1715. Ele possuía lavras de ouro na
Paciência, e um dos seus sucessores foi Pedro Fialho do Rego. A uma distância
de seiscentos metros mais ou menos ficava a Capela totalmente feita em madeira,
com torre e sino, toda coberta por telhado de telhas coloniais. Na frente
ficava um cruzeiro, cujos restos ainda podem ser vistos.
A uma distância de, mais ou menos, dois quilômetros
fica um outro cemitério: o Cemitério dos Escravos, que se encontra, também, bem
conservado, porém descaracterizado uma vez que se retirou a cerca de madeira
(aroeira), que conheci na infância, tendo sido substituída por um muro de alvenaria.
Ressalta-se que o Cemitério dos
Escravos foi reformado com recursos do Fundo Municipal do Patrimônio Cultural
(FUMPAC) e as placas de muro retiradas, tendo sido recolocadas as lascas de
aroeira como na era primitiva do uso e que terá uma matéria específica nos próximos dias.
Atenção
Caso queira contribuir com as obras de manutenção ou como voluntário, entre em contato pelo número 37 3523 2266 ou pelo email ihgp@pompeumg.com.br
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